A história dessa viagem – desde a despedida de casa, passando pela travessia pelo mar até a chegada e a sua adaptação num novo sítio para morar - é contada pelo olhar genuíno da criança protagonista numa narrativa simples com imagens relevantes e expressivas de todos os momentos dessa difícil trajetória. Ao narrar as coisas mais íntimas e quotidianas, como, por exemplo, arrumar a mochila, ir até um novo lugar, aprender a língua, provar as comidas, a peça expõe as dores e dificuldades, mas também os momentos de diversão e excitação, numa jornada de partir em busca de refúgio. Através disto, levanta diversas questões sobre identidade e pertencimento desse grupo de pessoas, pois nesse novo lugar “vão chamar-te de refugiado, mas se lembre, refugiado não é seu nome”.